
(...)Lutou contra a chegada da morte: não amo ninguém; não amo ninguém, nem sequer o meu irmão. Não amo nada para além desta ausência de dor, neutra e fria ausência de dor.(...)
(...)E encontrou o irmão adormecido entre os quadros.
Adormeci entre os quadros, Jeanne, onde por muitos dias poderia sentar-me a adorar o teu retrato. Jeanne, eu apaixonei-me pelo teu retrato porque ele não iria nunca mudar. Jeanne, eu tenho medo de te ver envelhecer; eu apaixonei-me por um tu inalterável que nunca me poderá ser retirado. Desejei que morresses para que ninguém te pudesse tirar de mim e eu amaria o teu retrato, imagem que terás eternamente.(...)
Anaïs Nin