
Assim sucede com efeito. Referimos certos acontecimentos da nossa vida e outros mais fundamentais - e muitas vezes, em torno de um beijo, circula todo um mundo, toda uma humanidade. (...)
(...) Depois, não me saciam apenas as coisas que possuo - aborrecem-me também as que não tenho, porque, na vida como nos sonhos, são sempre as mesmas. (...) Por exemplo: uma coisa onde nunca me vi, foi na vida. (...)
(...) « Porque afinal essa sua vida - "a vida de todos os dias" - é a única que eu amo. Simplesmente não a posso existir... E orgulho-me tanto de não a poder viver .... orgulho-me tanto de não ser feliz ... Cá estamos : a maldita literatura...
Mário de Sá - Carneiro